quarta-feira, 28 de julho de 2010
MAR – III
Do rectângulo que é janela
Me aproximo,
Atraída pelo azul intenso,
Delicadamente debruado a branco
Numa faixa estreita
Junto à mancha bege
Do areal.
E as rochas, manchas também,
Que abrigam as gaivotas
Brancas,
E o bordado verde das folhas
Das árvores, que brilham
Em primeiro plano,
Tudo me atrai para o
Rectângulo que é janela.
Junto à janela
O quadro é alargado
E perfeito.
Pequenas figuras humanas
Caminham na maré baixa,
Com a elegância própria da manhã
E da lonjura.
As folhas das árvores
Vibram suavemente na brisa,
Na demonstração de que a paisagem
É viva.
A bandeira azul e branca
Acena compassada
Sobre a rocha clara,
E as gaivotas voam
À desgarrada, cruzando
A nossa vista, em improvisos.
Um barco carregado
Navega sobre a água mansa,
Para a frente inclinado,
Desenhando o seu rasto de espuma,
Cruzando-se com outro barco,
Ambos ligeiros, ambos sabedores
Do seu destino.
Afasto-me do rectângulo
E uma vez mais maravilho-me
Com a intensidade do azul
E o brilho do verde acenante.
Regresso ao meu posto,
Dilatando a paisagem
E abarcando, no meu olhar,
Todo o horizonte.
Ilona Bastos
Do rectângulo que é janela
Me aproximo,
Atraída pelo azul intenso,
Delicadamente debruado a branco
Numa faixa estreita
Junto à mancha bege
Do areal.
E as rochas, manchas também,
Que abrigam as gaivotas
Brancas,
E o bordado verde das folhas
Das árvores, que brilham
Em primeiro plano,
Tudo me atrai para o
Rectângulo que é janela.
Junto à janela
O quadro é alargado
E perfeito.
Pequenas figuras humanas
Caminham na maré baixa,
Com a elegância própria da manhã
E da lonjura.
As folhas das árvores
Vibram suavemente na brisa,
Na demonstração de que a paisagem
É viva.
A bandeira azul e branca
Acena compassada
Sobre a rocha clara,
E as gaivotas voam
À desgarrada, cruzando
A nossa vista, em improvisos.
Um barco carregado
Navega sobre a água mansa,
Para a frente inclinado,
Desenhando o seu rasto de espuma,
Cruzando-se com outro barco,
Ambos ligeiros, ambos sabedores
Do seu destino.
Afasto-me do rectângulo
E uma vez mais maravilho-me
Com a intensidade do azul
E o brilho do verde acenante.
Regresso ao meu posto,
Dilatando a paisagem
E abarcando, no meu olhar,
Todo o horizonte.
Ilona Bastos
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