domingo, 12 de junho de 2016

 

Telhados de Lisboa


Batidos de sol da tarde,
Brilham telhados vermelhos,
Salpicam, sem grande alarde,
A colina, de mil espelhos.
.
São faces ao céu erguidas,
Flores de um jardim-cidade,
Telhados, marcos de vidas,
Seres eternos, sem idade.
.
Róseos, ténues, pardacentos,
No claro-escuro da serra,
Surgem às dúzias, aos centos,
Altares nascidos da terra.
.
Seu luzir a prece soa,
Silente, forte louvor,
Que as gentes de Lisboa,
Dedicam ao Criador.


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