quinta-feira, 11 de novembro de 2010


Como Soa o Poema

Não soa o poema ao criador.
Irrompe do fundo de nenhures,
Pensamento luminoso, súbito
Na brancura do papel a derramar.

Não soa em alta voz a poesia.
Pois é ideia ágil, forte e clara,
É passo vivo ou mesmo galopante,
Que o braço move e leva pelo ar.

Não soa como som, já que é mais luz,
Corrente descendente até à mão,
Vaivém audaz do lápis no papel
Furor intenso e débil a criar.

Não soa como o fazem as tiradas,
Libertas na conversa ou no canto.
Não soa como corpo, pois é alma
Das letras e palavras faz seu pranto.

Ilona Bastos

4 comentários:

Hilton Deives Valeriano disse...

Belo poema! Vou adicionar seu blog no Poesia Diversa. Mande uma seleção de seus poemas no meu email. Publicarei em meu blog, caso tenha interesse. Um abraço.

Ilona Bastos disse...

Muito obrigada, Hilton! Será uma honra ser publicada no seu blogue. Vou ver os poemas que mais poderão interessar-lhe e enviá-los-ei. Um abraço.

Helena Figueiredo disse...

Olá,
agradeço a sua gentileza no comentário que deixou no "Teatro de Sombras".
Somos muitos a publicar na blogosfera, mas por vezes, ou por desconhecimento ou por descuido, passam-nos ao lado alguns locais que merecem a nossa atenção. Parece-me ser o seu blogue um desses locais. Vou por aqui ficar um bocadinho.
Saudações de Portugal
Helena

Ilona Bastos disse...

Helena, Muito obrigada pela visita e pela generosidade do seu comentário. Espero que volte sempre. Fui apresentada à sua escrita no blogue Poesia Diversa, do outro lado do Atlântico, mas nada verdade estou bem mais perto - aqui em Lisboa. Um abraço, Ilona