domingo, 28 de novembro de 2010
O POEMA QUE SE SEGUE
Não há que temer a Poesia,
Nem estas ideias bizarras
Que em certas horas me assaltam.
Vivo e raciocino por tentativas,
Aproximações e intuições.
Pensamentos fugazes,
Velozes, acutilantes,
Perpassam-me a mente,
De rompante, e logo
Seguem seus caminhos.
Lanço-me atrás deles, correndo,
Alcanço-os, por vezes, detenho-os,
Interrogo-os, fotografo-os, de frente,
De perfil, de um lado e do outro,
Curiosa, inquisitiva, sem sorrir.
Anoto, atenta, o que revelam,
Alvitro, sugiro, proponho,
Componho o texto e exponho-o
Neste caderno invulgar.
Largo-as, depois, às ideias,
Que dispersam livremente.
E o que sinto é ser tão leve,
Neste alívio imparável de criar,
Que levanto, brilhante, o meu olhar
Na procura do poema que se segue.
Ilona Bastos
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
A sua poesia é mtº. boa.
É sempre mtº. bom vir até aqui,
pena não ter assim tanto tempo
livre...
Um beijo
Enviar um comentário