domingo, 19 de setembro de 2010


FAZEDORES DO MUNDO


É fazer muito, o caminhar pela estrada,
As mãos atrás das costas, o rosto erguido,
Os olhos postos na paisagem longínqua
Que o horizonte desenha ao pôr-do-sol.
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É fazer muito, é fazer tudo.
Porque nada há de tão sublime
Como o horizonte e o sol,
E essa paisagem de árvores despidas,
Telhados, automóveis que se movem
Com um desprendimento quase sobrenatural.
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É fazer a própria paisagem.
É fazer o mundo.
Por isso não olheis com desdém
Aquele que caminha pela estrada,
De olhos postos…


Ilona Bastos


Carlos Seixas, Sinfonia for Strings in B flat Major

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