segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Que maravilhoso milagre é este de estar viva, de saúde, rodeada dos que amo, e com a possibilidade de me alimentar e satisfazer as mais básicas necessidades!
Basta esta simples reflexão para que os olhos eleve ao céu, respire fundo e me compenetre da paz que sobre mim desce. E, com a paz, nasce a capacidade de raciocinar, ver em redor, sentir o odor das flores que se espraia para além do jardim, e que o vento (sim, o mesmo vento que faz dançar as sombras sobre a mesa onde escrevo) espalha pela rua aleatoriamente, sem escolher ou preterir, na sua doação de um presente odorífero.



Com o seu regresso, uma súbita sensação de felicidade. Leve, conversava e ria com alegria. Como se o sol tivesse recomeçado a brilhar e a tempestade voasse para longe! O meu coração amainou, e tudo, em meu redor, apareceu feliz!



Diz-me! Diz-me que me compreendes, que me queres, que me amas! Diz-me que o próximo momento será melhor que o presente, e que não estarei só, nem infeliz! Diz-me que os meus sonhos vão tornar-se realidade, e que a realidade é tão bela quanto o mais belo e florido campo! Diz-me que, ao chegar, os pássaros saudar-me-ão com o seu chilrear, e as rosas com o seu perfume! Diz-me... diz-me o que tanto desejo ouvir!

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Ilona Bastos


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